sábado, 12 de junho de 2004

- Pais e filhos -

    Ontem eu fui ao cinema ver O dia depois de amanhã com a minha mais nova amiga. Moramos em extremos opostos da cidade, e como o filme terminou depois da hora da abóbora, obviamente cheguei em casa tarde.
    Hoje, mamãe-não-tem-pulga-pra-coçar resolve iniciar mais um dos nossos clássicos e adorados diálogos:
Ela:
- Onde você foi ontem que voltou tão tarde?
Eu:
- Mãe, você nem viu a hora que eu cheguei.
- Mas chegou de madrugada.
- ...
- Hein?
- Não vou responder. Acho que não preciso. Já tenho 25 carnavais, e o último que você foi comigo o Michael Jackson ainda era preto.
- Olha lá como você fala comigo, hein? E onde nós te procuramos se acontecer alguma coisa?
- Como vão saber se aconteceu alguma coisa? (Dã...)
- Não sei, mas me diz... por onde começamos a te procurar?
- IML...
- Oras, você não sabe como a gente se preocupa.
- Vocês são caso de ciência. As únicas pessoas que preocupadas dormem como duas pedras.
- Quero ver como vai ser quando você tiver os seus filhos.
- Só vou ter uma coisa pra dizer a eles: eu sei que a vovó de vocês é assim, mas o papai é normal, tá?
- ...
- ...
- Não sei porque você fala assim comigo.
- Verdade... Desculpa. É que estou meio aborrecido.
- Por que? O que houve?
- Nada demais. A tripulação da minha nave me prometeu que me pegaria de volta em cinco minutos, e já estou aqui a vinte e cinco anos.
- Que?

Vou poupá-los do resto.

De nada.

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