quinta-feira, 24 de março de 2005

- Bruxaria sim, por que não? -

    Há uns belos anos atrás quando o que eu vou relatar aqui ocorreu. Mais ou menos uns 4, valendo-me da licença de que posso estar enganado.
    Foi na época que eu trabalhava na prefeitura e não tinha mais saco de ir às aulas na UERJ. Nesse tempo bom, eu vivia saindo do trabalho e fazendo happy hour todo santo dia. Um dia desses eu perdi completamente o limite e enchi demais a cara. Quem me conhece, sabe que isso quase nunca acontece (hohoho).
    Chegando em casa, depois de sobrepujar o desafio de manter o carro na rua e não na calçada, ainda precisava colocar o carro na vaga da garagem. Eu podia ter deixado na rua tranquilamente, mas nem me liguei disso na hora, só queria mesmo chegar na minha cama.
    Interessante é que na minha ausência de 20 hs de casa, fizeram uma obra e a garagem que tinha 8 colunas passou a ter 16. Na hora de dar a ré, não sabia se era pior olhar para trás ou olhar pelo retorvisor, era tudo a mesma droga. Tracei uma estratégia: se duas das pilatras vierem pra cima, eu meto o carro no meio. Deve ajudar. E ajudou. Ajudou a partir o pára-choque em duas partes.
    No mesmo momento a sobriedade veio de forma indesejada. Justo quando eu precisava perder os sentidos da razão, fico sóbrio para ver minha ruína em live color. Primeira coisa que pensei foi no esporro que ia tomar do meu pai, mesmo o carro sendo meu, e depois como diabos o dinheiro do conserto me faria falta.
    O desespero foi tão grande que fiquei ruminando o problema pelas próximas 4 horas que me separavam da falha total dos sentidos por cansaço.
    O dia seguinte parece que não existiu de tanta frustração. Estava arrasado. Uma hora eu pensei que talvez fosse bom que batessem no meu carro, de forma que o seguro, de outro, pagasse pelos danos do carro dele e do meu, assim eu ficaria muito feliz.Acho que nunca tinha desejado tanto alguma coisa.
    Na semana seguinte, bateram na traseira do meu carro três vezes enquanto eu dirigia. Nas duas primeiras, os danos eram tão ridículos ao pára-choque que não valia a pena o aborrecimento. Na terceira vez, passando na Pinheiro Machado, horário de rush, tudo parado, naquela de anda e pára um metro com o carro, quando um sinal láaaa na frente abre, e um Zé Qualquer que estava atrás sai antes de mim e mete a Mini Van dele na traseria do meu carro. Ah... dessa vez foi suficiente o estrago. O sedan virou hatch. Ele assumiu os gastos e eu fiquei abismado com tudo isso.
    Tem gente que não acredita nessas coisas, mas acredite se quiser.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial