quinta-feira, 10 de março de 2005

- Dias melhores virão -

    O cotidiano está um corre-corre atípico, definitivamente desprogramado, cansativo e detestável.
    A ansiedade acumulada no meu sangue, por saber que este é o último período, me faz sentir mais atrapalhado do que eu já sou. E a situação ainda é favorecida pelas milhares de coisas que insistem em acontecer ao mesmo tempo no caldeirão de eventos.
    É o projeto final de curso que progride a curtos galopes espasmódicos.
    São os projetos profissionais paralelos, inevitáveis e imprescindíveis que contribuem com o estresse diário e o consumo fútil do meu tempo útil.
    É a preocupação com o amanhã, e a aproximação da parte do caminho onde as placas de sinalização ficaram muito atrás.
    É não poder ter em que ou com quem desabafar e não ter onde procurar um alento.
    É não se permitir sonhar, dedicando a fantasia apenas na construção do algo para hoje, daqui a pouco, ou ontem se ainda der tempo.
    São os temperos de desespero magnificados pela displicência com que eu trato a ordem das coisas. Dificuldade plena, constituída para aqueles que acreditam no poder criativo do caos.
    E assim as partes vão tentando se encaixar em um espaço, que com um pouco de luz, revela curvas borradas de figuras imperfeitas. Então você poderia jurar que ali há uma vida, não apenas sua mal formulada paródia.

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