sábado, 19 de março de 2005

- Dias melhores virão -

    Depois de 2 dias seguidos dançando o Toré, Tupã atende minhas preces e manda essa chuva refrescante para tornar meus próximos dias mais felizes.
    Apesar da chuva, os deuses não se intimidam com o mau tempo, e continuam na labuta diária de criar novas maneiras de divertirem com suas marionetes.
    Depois de estar começando a me acostumar com o novo projeto do governo do Rio, o Saunão do Rio, baseado nos sucessos Piscinão de Ramos e de São Gonçalo, quase não estranhei acordar com os pés praticamente enxarcados pela chuvinha que insistia entrar pela janela.
    Tanto foi difícil a readaptação que mesmo ter sido acordado pelas eventuais gotas que vinham batisar meus pés, que esqueci completamente do chão molhado, e assim que levantei levei apenas o tempo de pensar "Puta que pariu o chão molhado" e gritar "Porra", mas já durante a queda. E eu que acabara de levantar, fui forçado a visitar a cama por mais alguns minutos, até que a dor nas costa pós-queda passasse.
    Até umas 17 hs, o dia correu normalzinho. Fui tomar um banho para ir encontrar meus afilhados de casamento para tomar um chopp e colocar o papo em dia.
    Assim que saí com o carro da garagem, tive a estranha sensação de algo de muito bom me aconteceria. Isso não acontece com frequência. Pois então. Para aqueles que já ouviram minha lei da compensação universal, não se espantem com o que virá a seguir.
    Nos 30 minutos que levei para ir do Recreio a Del Castilho, vi um atropelamento e quase bateram no meu carro em 3 ocasiões, sendo que a terceira foi quase um desastre completo.
    Recuperado do susto, chego ao shopping onde iria encontrá-los uns 10 minutos mais cedo do que o combinado. Resolvo ir na Casa & Video comprar uma luninária para o meu quarto. Não tendo muita opção, escolhi um modelo não tão barato e nem tão caro e que parecia atender minhas necessidades e apresentar uma certa qualidade.
    No que eu ia pegar a caixa da luminária, vejo uma mãozina muito menor que a minha chegar primeiro e ouço: "Olha, pai. A luminária que eu queria. Que sorte! É a última!". Sorte? Aonde? Preciso disso também.
    Definitivamente eu não ia levar um outro modelo só pela falta do quê eu queria. Saí da loja, e resolvi ligar para os meus amigos:
    - Faaaaala. Beleza?
    - Beleza. Vocês já estão aqui?
    - Ainda não. Fulando se atrasou aqui no trabalho. Vamos chegar daqui a uma hora mais ou menos.
    - Aham... Tá bom. Sem problemas.
    Sem problemas... HA!
    Resolvi voltar à Casa & Video. Numa tola esperança de encontrar uma outra luminária que me agradasse acabei por me deparar com uma outra caixa da qual eu tinha escolhido antes. Dessa vez olhei para os dois lados, e para cima, certificando-me de que ninguém mais estava por perto. E tentei ser discreto com minhas paranóias para não levantar falsa suspeita do segurança de eu planejava levar o produto sem pagar. Mais que rápido, levo a luminária para o caixa. Feliz.
    Acabo de pagar e lembro que seria bom fazer um teste. Comento com o caixa, e ele aponta para uma outra fila "Balcão de Atendimento", onde eu poderia testar o bagulho. Mais fila? Não mesmo.
    Rodando um pouco no shopping, finalmente encontro meus amigos e sentamos numa mesinha pitoresaca da praça de alimentação.
    Papo vai, papo vem. Risada para ali e para lá e de repente ouço atrás de mim:
    - Sua vagabunda! Piranha! Sua filha-da-puta!
    Quando eu viro, só deu tempo de por as mãos na frente para aparar duas gladiadoras da época de Roma que fariam a platéia levar o Coliseu abaixo somente no estalar dos tapas e o som dos fios de cabelo abandonando o couro.
    Procurei um lugar seguro e apostei na morena. É claro que eu perdi os meus 5 reais para o meu afilhado. Mas pelo menos foi divertido. E como eu praticamente havia me tornado um ringue humano no início da luta, pude assistir a partir do segundo assalto de camarote, sem precisar paga ingresso.
    Apartada a briga, voltamos ao chopp. Chegaram mais alguns amigos, e o papo ficando cada vez mais legal até que... dor de barriga.
    Putz! Não dá. No shopping não dá. Essas coisas têm que ser em casa. Com uma desculpa esfarrada, e lamentando sinceramente por ter de deixar todos para trás, parti com meu objetivo secreto de volta para casa.
    O mais rápido que pude, e por incrível que seja, sem interrupções, chego em casa para meu alívio. Alívio este que para minha surpresa, era apenas volátil e me emputeci de vez por ter tido que ir embora por motivos que não fossem "concretos".
    Banho quente e raiva colocada de lado, a paz de um ar-condicionado gelado, uma cama acolhedora, um bom livro e... a oportunidade de testar minha novíssima luminária.
    Ligo o poste domiciliar da Light na tomada, ajeito o travesseiro e abro o livro. Ah... que beleza. O dia foi difícil, mas estar aqui deitado agora, nesse frescor, lendo o meu livrinho sob a radiante iluminação... Iluminação? Puta que pariu! A lâmpada queimou.
    E esse post ficou tão grande que de acordo com a lei universal da inversa proporção entre tamanho de posts e quantidade comentários, este aqui terá meio comentário e olhe lá. Possivelmente de algum vendedor de enciclopédia entrando para o mundo do e-Business.

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