- Historinha para NÃO contar aos (seus) filhos -
Nesta quina-feira, estavam em casa Gilberto, sua irmã mais nova, Marina e sua mãe, Ilda.
A casa era velha, mas reformada. Era enorme. Deveria ter uns cinco andares ao todo. De dia era uma perdição, com terraço, piscina, salão de jogos e muito, muito espaço para apenas Gilberto e Marina aproveitarem sozinhos. De noite, era de dar arrepios. Para cada possibilidade de diversão que a casa poderia reservar durante o dia, existia um canto frio, sombrio e principalmente imaginativo depois do pôr do sol.
Já passava da hora do almoço. Dona Ilda trabalhava fora, mas este mês estava de férias e dando uma ajuda para sua cunhada. Este semestre ela passou a receber todas terças e quintas-feiras sua sobrinha Valéria em casa para almoçar. Valéria estava terminando o último ano do ensino médio no turno da manhã, e como era ano de vestibular, a tarde tinha aulas de reforço e preparação para o concurso. Morava em um bairro distante da escola e por isso a necessidade do favor de Dona Ilda.
Gilberto e Marina gostaram muito da idéia de Valéria vir almoçar na casa deles, pois além de serem muito amigos, Valéria como uma pessoa super divertida sempre alegrava o ambiente monótono do dia a dia desses dois.
Depois de um mês recebendo a prima em casa, os dois filhos de Dona Ilda já sabiam a rotina, Gilberto abria a porta pra sua prima e colocava os pratos na mesa enquanto sua irmã e mãe esquentavam o almoço.
Diferente das outra quintas, esta seria ligeiramente diferente para Gilberto. Ao horário habitual, por volta de meio-dia e quarenta e cinco, Valéria tocava a campainha. Seguindo o rito, Gilberto saía, prendia os cachorros no canil e abria o portão para Valéria. Tudo que tinha que fazer em seguida era ir para a cozinha, pegar tantos pratos quantos fossem necessários e colocar sobre a mesa.
E assim foi feito. Depois de ter aberto a porta para sua prima, Gilberto foi para a cozinha, pegou os pratos e os colocou sobre a mesa. Por lá mesmo aguardou enquanto os demais não vinham para juntar-se a ele.
Finalmente, elas surgiram na porta da sala de jantar. Foi uma surpresa tanto para Gilberto quanto para os que chegavam à mesa, e foi mais ou menos assim o diálogo iniciado por Dona Ilda:
- Filho, para que estes cinco pratos na mesa? Somos apenas quatro.
Gilberto respondeu surpreso:
- Claro que não, mãe. Eu abri a porta pra Valéria e o amigo dela. Somos cinco. Por falar nisso, onde ele está?
Neste ponto, Valéria entra na conversa, meio assustada:
- Gil, eu vim sozinha. Onde você viu amigo meu?
- Ué? Quando eu o vi, ele estava entrando aqui em casa logo atrás de você.
E o silêncio fez o seu discurso.
A casa era velha, mas reformada. Era enorme. Deveria ter uns cinco andares ao todo. De dia era uma perdição, com terraço, piscina, salão de jogos e muito, muito espaço para apenas Gilberto e Marina aproveitarem sozinhos. De noite, era de dar arrepios. Para cada possibilidade de diversão que a casa poderia reservar durante o dia, existia um canto frio, sombrio e principalmente imaginativo depois do pôr do sol.
Já passava da hora do almoço. Dona Ilda trabalhava fora, mas este mês estava de férias e dando uma ajuda para sua cunhada. Este semestre ela passou a receber todas terças e quintas-feiras sua sobrinha Valéria em casa para almoçar. Valéria estava terminando o último ano do ensino médio no turno da manhã, e como era ano de vestibular, a tarde tinha aulas de reforço e preparação para o concurso. Morava em um bairro distante da escola e por isso a necessidade do favor de Dona Ilda.
Gilberto e Marina gostaram muito da idéia de Valéria vir almoçar na casa deles, pois além de serem muito amigos, Valéria como uma pessoa super divertida sempre alegrava o ambiente monótono do dia a dia desses dois.
Depois de um mês recebendo a prima em casa, os dois filhos de Dona Ilda já sabiam a rotina, Gilberto abria a porta pra sua prima e colocava os pratos na mesa enquanto sua irmã e mãe esquentavam o almoço.
Diferente das outra quintas, esta seria ligeiramente diferente para Gilberto. Ao horário habitual, por volta de meio-dia e quarenta e cinco, Valéria tocava a campainha. Seguindo o rito, Gilberto saía, prendia os cachorros no canil e abria o portão para Valéria. Tudo que tinha que fazer em seguida era ir para a cozinha, pegar tantos pratos quantos fossem necessários e colocar sobre a mesa.
E assim foi feito. Depois de ter aberto a porta para sua prima, Gilberto foi para a cozinha, pegou os pratos e os colocou sobre a mesa. Por lá mesmo aguardou enquanto os demais não vinham para juntar-se a ele.
Finalmente, elas surgiram na porta da sala de jantar. Foi uma surpresa tanto para Gilberto quanto para os que chegavam à mesa, e foi mais ou menos assim o diálogo iniciado por Dona Ilda:
- Filho, para que estes cinco pratos na mesa? Somos apenas quatro.
Gilberto respondeu surpreso:
- Claro que não, mãe. Eu abri a porta pra Valéria e o amigo dela. Somos cinco. Por falar nisso, onde ele está?
Neste ponto, Valéria entra na conversa, meio assustada:
- Gil, eu vim sozinha. Onde você viu amigo meu?
- Ué? Quando eu o vi, ele estava entrando aqui em casa logo atrás de você.
E o silêncio fez o seu discurso.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial