quarta-feira, 27 de abril de 2005

- Reflexão -

    Eu não sei nada além do que alguém possa saber se tiver vivido o que eu vivi.

sexta-feira, 22 de abril de 2005

- Sabedorias do Mestre Gambá Cachaceiro -

    Em festa de brigadeiro, cocô quer tirar onda.

terça-feira, 19 de abril de 2005

- Um dos grandes problemas do Universo é ... -

    ... que eu quase sempre tenho razão.

domingo, 10 de abril de 2005

- Honestidade é tudo -

    Eu SEMPRE dou o troco.
    Aguarde.

sexta-feira, 8 de abril de 2005

- Destino a favor -

    Eu estava lá sentado no fundo do poço. Escuro. Só chegava um pouquinho de luz, mas só mesmo nas manhãs, que pareciam levar anos para vir e ficar apenas alguns minutos.
    Foi quando ouvi passos de alguém muito pesado se aproximando da borda do poço. Grito para o possível salvador:
    - Ei! Aqui! No poço! Quem tá aí? Preciso de ajuda.
    Um vulto com a identidade velada pela luminosidade vinda do dia lá fora responde:
    - Oi! Sou o seu destino. Como posso ajudar?
    - Você tem uma corda?
    - Claro. Espera aí.
    Aguardo. E alguns intantes depois cai um rolo enorme de corda sobre mim. Mas examinando bem, a corda inteira estava comigo. As duas pontas!!
    - Ei! O que é isso?
    - Uma acorda, como você pediu. Espero ter ajudado. Adeus!
    - Ei! Espere aí!
    A corda, o poço e eu.

sexta-feira, 1 de abril de 2005

- Dias melhores virão -

    Mamãe Probleminha tem tido chiliques quase que diários, e não é recente. Desde que se aposentou, os demônios do ócio a visitam constantemente. E ela que já não era uma figura fácil, tem se tornado em um outdoor insuportável.
    Imagine uma pessoa sem paciência e mal amada, como eu, ter que ficar aturando crises de ciúmes, carência e todo o pacote "salve-me qualquer um" todos os dias! Não rola. Tenho que me desligar...
    Hoje, Probleminha tinha um exame de endoscopia a ser feito lá na Tijuca, bem pertinho aqui da Terra do Nunca Se Chega. Ela pediu para meu pai que não é aposentado ainda, levá-la para fazer o exame às 10:30, mas Papai Saco de Ferro, tinha que estar no seu devido trabalho às 9. Logo, eu era a próxima vítima da lista. Mas a lista não correu, apesar dos esforços de papai. Quando fui proposto como novo motorista da madame, ela só faltou dar uns pulinhos e dizer que eu não servia. Patético. A vontade de sumir era tanta, que eu topava até ir para o paraíso com os anjos.
    Choramingo vai, choramingo vem, acabam os dois indo para Tijuca. Três horas mais tarde, meu celular toca:
    - Alô.
    - Oi, filho! Tá ocupado? Estou saindo do exame da sua mãe agora, ela tá meio grogue e será que você pode vir buscá-la? Se eu for até aí levá-la, não chego hoje no trabalho.
    - Ahm... Você tinha quer ir porque ela sabia que ia ficar grogue, porque raios então eu já não fui? Percebe o quanto isso tudo não faz sentido?
    - Eu sei... mas você pode?
    - Tô saindo em cinco minutos. Tchau.
    Minutos mais tarde... Probleminha ainda completamente tonta da anestesia, veio dormindo quase o caminho inteiro. Quando estamos chegando na Barra ela acorda:
    - Me deixa na faculdade. Preciso entregar um trabalho.
    - Você tá ruim. Você não vai à faculdade hoje.
    - Eu tenho que pelo menos passar lá para entregar o trabalho. Você me espera do lado de fora.
    - Você trouxe o trabalho?!
    - Trouxe para dar uma última lida. Vou entregar esse mesmo.
    - Tá bem então.
    Não cheguei a ter cinco minutos para eu voltar a curtir meu aborrecimento em silêncio quando sou obrigado a ouvir:
    - Você por acaso tem um clipe aí? As folhas vão ficar soltas...
    Eu saí de casa com tanta pressa que dei sorte de estar vestido. Mas ainda tive forças para responder:
    - Hum... Deixa eu ver se coloquei isso no meu bat-cinto de utilidades... Ah, não! Desculpa. Hoje só coloquei o bat-rangue e a bat-corda-de-enforcamento. Devo ter deixado junto com os bat-tapadores-de-ouvidos.

    E a gente vai descendo...