domingo, 27 de março de 2005

- Entendendo o que não faz sentido -

    Eu sou:
    (A) Ingênuo
    (B) Burro
    (C) Otário
    (D) Lerdo

    Eu sofro da maldição da mítica loira burra, mesmo sendo homem e de cabelos pretos. Definitivamente há coisas que eu só consigo entender dias, horas, minutos depois, enfim, quando não vale nem mais ver o replay do lance.
    Quem merece gostar de quem nem mesmo deve lembrar de você? Quem merece ficar ridiculamente, transtornadamente e injustificalvelmente feliz por receber um "recado" da tal pessoa? Para depois juntar as pecinhas do Lego da vida, e descobrir que o telhado que eu planejava montar para minha doce ilusão vai ficar uns bloquinhos faltando, pra não falar daqueles amarelos horrorosos que você só usa quando não tem mais peças.
    Deixando a viagem de lado, descobrir que você é uma formiguinha vivendo das migalhas que as pessoas deixam cair é uma merda. E não adianta dizer que de agora em diante não vou comer mais migalhas, porque se a vida me aparece oferendo um biscoito de polvilho babado que ela achou no chão, vou acabar comendo achando que é um filé. É da minha natureza consumir o que ainda é consumível.
    Mas estou meio cansado de ser a formiguinha mendiga. Tô afim mais de virar formiga atômica, pegar o prato inteiro e mostrar o dedo para a "migalhadora" e que se foda o resto. Só tô dependendo mesmo é de um acidente radioativo em Angra I ou II. Enquanto isso não acotece, o blog vive e a ecologia agradece.

    Obs.: Este é o tipo do post que não faz o menor sentido, né? Bem feito. Ninguém mandou ler.

quinta-feira, 24 de março de 2005

- Bruxaria sim, por que não? -

    Há uns belos anos atrás quando o que eu vou relatar aqui ocorreu. Mais ou menos uns 4, valendo-me da licença de que posso estar enganado.
    Foi na época que eu trabalhava na prefeitura e não tinha mais saco de ir às aulas na UERJ. Nesse tempo bom, eu vivia saindo do trabalho e fazendo happy hour todo santo dia. Um dia desses eu perdi completamente o limite e enchi demais a cara. Quem me conhece, sabe que isso quase nunca acontece (hohoho).
    Chegando em casa, depois de sobrepujar o desafio de manter o carro na rua e não na calçada, ainda precisava colocar o carro na vaga da garagem. Eu podia ter deixado na rua tranquilamente, mas nem me liguei disso na hora, só queria mesmo chegar na minha cama.
    Interessante é que na minha ausência de 20 hs de casa, fizeram uma obra e a garagem que tinha 8 colunas passou a ter 16. Na hora de dar a ré, não sabia se era pior olhar para trás ou olhar pelo retorvisor, era tudo a mesma droga. Tracei uma estratégia: se duas das pilatras vierem pra cima, eu meto o carro no meio. Deve ajudar. E ajudou. Ajudou a partir o pára-choque em duas partes.
    No mesmo momento a sobriedade veio de forma indesejada. Justo quando eu precisava perder os sentidos da razão, fico sóbrio para ver minha ruína em live color. Primeira coisa que pensei foi no esporro que ia tomar do meu pai, mesmo o carro sendo meu, e depois como diabos o dinheiro do conserto me faria falta.
    O desespero foi tão grande que fiquei ruminando o problema pelas próximas 4 horas que me separavam da falha total dos sentidos por cansaço.
    O dia seguinte parece que não existiu de tanta frustração. Estava arrasado. Uma hora eu pensei que talvez fosse bom que batessem no meu carro, de forma que o seguro, de outro, pagasse pelos danos do carro dele e do meu, assim eu ficaria muito feliz.Acho que nunca tinha desejado tanto alguma coisa.
    Na semana seguinte, bateram na traseira do meu carro três vezes enquanto eu dirigia. Nas duas primeiras, os danos eram tão ridículos ao pára-choque que não valia a pena o aborrecimento. Na terceira vez, passando na Pinheiro Machado, horário de rush, tudo parado, naquela de anda e pára um metro com o carro, quando um sinal láaaa na frente abre, e um Zé Qualquer que estava atrás sai antes de mim e mete a Mini Van dele na traseria do meu carro. Ah... dessa vez foi suficiente o estrago. O sedan virou hatch. Ele assumiu os gastos e eu fiquei abismado com tudo isso.
    Tem gente que não acredita nessas coisas, mas acredite se quiser.

quarta-feira, 23 de março de 2005

- Alguém gosta de desafios? -

    De bobeira, pensando na vida, fiz um programinha para codificar uma palavra dentro de um polinômio. Será que alguém descobre o que está escrito?

    -15407x7y7+15357x7y6-2578x6y7-589x7y5-11985x6y6-512x5y7
-13112x7y4+5829x6y5-2199x5y6-4104x4y7+7794x7y3-649x6y4-1307x5y5
-10540x4y6+6888x3y7+1758x7y2+11598x6y3-3423x5y4+11804x4y5
+15570x3y6+11477x2y7-7803x7y+3743x6y2+10047x5y3+14444x4y4
+3119x3y5+10013x2y6+14423xy7+12002x7+6339x6y+7253x5y2+654x4y3
+246x3y4+3117x2y5-10759xy6+15797y7+7705x6+8138x5y-9351x4y2
+1882x3y3-7792x2y4+8017xy5-8697y6+5397x5-8217x4y+14813x3y2
+8726x2y3+9969xy4-15116y5-3254x4+5643x3y+15858x2y2-13792xy3
+1310y4-11006x3-15212x2y+14402xy2+2514y3+555x2+5822xy-5431y2
-6696x-3565y+4570


    Estarei atento às tentativas de vocês.

sábado, 19 de março de 2005

- Dias melhores virão -

    Depois de 2 dias seguidos dançando o Toré, Tupã atende minhas preces e manda essa chuva refrescante para tornar meus próximos dias mais felizes.
    Apesar da chuva, os deuses não se intimidam com o mau tempo, e continuam na labuta diária de criar novas maneiras de divertirem com suas marionetes.
    Depois de estar começando a me acostumar com o novo projeto do governo do Rio, o Saunão do Rio, baseado nos sucessos Piscinão de Ramos e de São Gonçalo, quase não estranhei acordar com os pés praticamente enxarcados pela chuvinha que insistia entrar pela janela.
    Tanto foi difícil a readaptação que mesmo ter sido acordado pelas eventuais gotas que vinham batisar meus pés, que esqueci completamente do chão molhado, e assim que levantei levei apenas o tempo de pensar "Puta que pariu o chão molhado" e gritar "Porra", mas já durante a queda. E eu que acabara de levantar, fui forçado a visitar a cama por mais alguns minutos, até que a dor nas costa pós-queda passasse.
    Até umas 17 hs, o dia correu normalzinho. Fui tomar um banho para ir encontrar meus afilhados de casamento para tomar um chopp e colocar o papo em dia.
    Assim que saí com o carro da garagem, tive a estranha sensação de algo de muito bom me aconteceria. Isso não acontece com frequência. Pois então. Para aqueles que já ouviram minha lei da compensação universal, não se espantem com o que virá a seguir.
    Nos 30 minutos que levei para ir do Recreio a Del Castilho, vi um atropelamento e quase bateram no meu carro em 3 ocasiões, sendo que a terceira foi quase um desastre completo.
    Recuperado do susto, chego ao shopping onde iria encontrá-los uns 10 minutos mais cedo do que o combinado. Resolvo ir na Casa & Video comprar uma luninária para o meu quarto. Não tendo muita opção, escolhi um modelo não tão barato e nem tão caro e que parecia atender minhas necessidades e apresentar uma certa qualidade.
    No que eu ia pegar a caixa da luminária, vejo uma mãozina muito menor que a minha chegar primeiro e ouço: "Olha, pai. A luminária que eu queria. Que sorte! É a última!". Sorte? Aonde? Preciso disso também.
    Definitivamente eu não ia levar um outro modelo só pela falta do quê eu queria. Saí da loja, e resolvi ligar para os meus amigos:
    - Faaaaala. Beleza?
    - Beleza. Vocês já estão aqui?
    - Ainda não. Fulando se atrasou aqui no trabalho. Vamos chegar daqui a uma hora mais ou menos.
    - Aham... Tá bom. Sem problemas.
    Sem problemas... HA!
    Resolvi voltar à Casa & Video. Numa tola esperança de encontrar uma outra luminária que me agradasse acabei por me deparar com uma outra caixa da qual eu tinha escolhido antes. Dessa vez olhei para os dois lados, e para cima, certificando-me de que ninguém mais estava por perto. E tentei ser discreto com minhas paranóias para não levantar falsa suspeita do segurança de eu planejava levar o produto sem pagar. Mais que rápido, levo a luminária para o caixa. Feliz.
    Acabo de pagar e lembro que seria bom fazer um teste. Comento com o caixa, e ele aponta para uma outra fila "Balcão de Atendimento", onde eu poderia testar o bagulho. Mais fila? Não mesmo.
    Rodando um pouco no shopping, finalmente encontro meus amigos e sentamos numa mesinha pitoresaca da praça de alimentação.
    Papo vai, papo vem. Risada para ali e para lá e de repente ouço atrás de mim:
    - Sua vagabunda! Piranha! Sua filha-da-puta!
    Quando eu viro, só deu tempo de por as mãos na frente para aparar duas gladiadoras da época de Roma que fariam a platéia levar o Coliseu abaixo somente no estalar dos tapas e o som dos fios de cabelo abandonando o couro.
    Procurei um lugar seguro e apostei na morena. É claro que eu perdi os meus 5 reais para o meu afilhado. Mas pelo menos foi divertido. E como eu praticamente havia me tornado um ringue humano no início da luta, pude assistir a partir do segundo assalto de camarote, sem precisar paga ingresso.
    Apartada a briga, voltamos ao chopp. Chegaram mais alguns amigos, e o papo ficando cada vez mais legal até que... dor de barriga.
    Putz! Não dá. No shopping não dá. Essas coisas têm que ser em casa. Com uma desculpa esfarrada, e lamentando sinceramente por ter de deixar todos para trás, parti com meu objetivo secreto de volta para casa.
    O mais rápido que pude, e por incrível que seja, sem interrupções, chego em casa para meu alívio. Alívio este que para minha surpresa, era apenas volátil e me emputeci de vez por ter tido que ir embora por motivos que não fossem "concretos".
    Banho quente e raiva colocada de lado, a paz de um ar-condicionado gelado, uma cama acolhedora, um bom livro e... a oportunidade de testar minha novíssima luminária.
    Ligo o poste domiciliar da Light na tomada, ajeito o travesseiro e abro o livro. Ah... que beleza. O dia foi difícil, mas estar aqui deitado agora, nesse frescor, lendo o meu livrinho sob a radiante iluminação... Iluminação? Puta que pariu! A lâmpada queimou.
    E esse post ficou tão grande que de acordo com a lei universal da inversa proporção entre tamanho de posts e quantidade comentários, este aqui terá meio comentário e olhe lá. Possivelmente de algum vendedor de enciclopédia entrando para o mundo do e-Business.

quarta-feira, 16 de março de 2005

- O que você faria? -

    Já cansei de ver em filmes a ceninha de um casal discutindo durante o jantar até que um dos dois se irrita ao limite e vai embora. Neste exato momento a cena é cortada e outra parte da história é contada.
    Hoje fiquei imaginando no que acontece logo depois da pessoa ir embora. Isso é muito mais legal e mais humano do que geralmente é mostrado depois na sequência da história. Aquele que ficou na mesa levantou e foi atrás? Ficou e acabou a refeição? Derrubou tudo no chão de raiva? Gritou uma gracinha? Etc...
    Não faço idéia do que eu faria, mas tudo indica que eu ficaria sentado e terminaria minha refeição. É... eu sou ruim assim.

quinta-feira, 10 de março de 2005

- Dias melhores virão -

    O cotidiano está um corre-corre atípico, definitivamente desprogramado, cansativo e detestável.
    A ansiedade acumulada no meu sangue, por saber que este é o último período, me faz sentir mais atrapalhado do que eu já sou. E a situação ainda é favorecida pelas milhares de coisas que insistem em acontecer ao mesmo tempo no caldeirão de eventos.
    É o projeto final de curso que progride a curtos galopes espasmódicos.
    São os projetos profissionais paralelos, inevitáveis e imprescindíveis que contribuem com o estresse diário e o consumo fútil do meu tempo útil.
    É a preocupação com o amanhã, e a aproximação da parte do caminho onde as placas de sinalização ficaram muito atrás.
    É não poder ter em que ou com quem desabafar e não ter onde procurar um alento.
    É não se permitir sonhar, dedicando a fantasia apenas na construção do algo para hoje, daqui a pouco, ou ontem se ainda der tempo.
    São os temperos de desespero magnificados pela displicência com que eu trato a ordem das coisas. Dificuldade plena, constituída para aqueles que acreditam no poder criativo do caos.
    E assim as partes vão tentando se encaixar em um espaço, que com um pouco de luz, revela curvas borradas de figuras imperfeitas. Então você poderia jurar que ali há uma vida, não apenas sua mal formulada paródia.

sábado, 5 de março de 2005

- Sabedorias do Mestre Gambá Cachaceiro -

Para quem não tem nada, metade é o dobro. E se quiser, posso dividir na minha infinita solidariedade.