- O amargo combustível da humanidade -
Qual o sentimento mais importante do mundo?
Veja que estou classificando como importante, não é o mais nobre, até porque teríamos que discutir nobreza, e acho que escorregaríamos para a lama improdutiva da subjetividade.
Enfim, já pensaram qual é o sentimento humano que faz girar todo esse mundo que conhecemos? Já ouviram falar de seleção natural? Espero que sim. Simplificando, a teoria da seleção natural diz que o mais adaptado prevalece. Por mais adaptado você pode entender várias coisas: o mais bonito, o mais forte, o mais rápido, o mais resistente. O sempre mais ou melhor. O mais rico. O mais influente. O mais poderoso. O mais, o mais, o mais, o mais... vaidoso.
Sim. Vamos lá. Deixem a máscara cair. Somos todos vaidosos. Os animais, inocentemente (ou talvez não), também são. Somos todos. Desde a lesma marinha até nós humanos. Precisamos ser os melhores, nos destacar, em alguma coisa, sobrepujar nosso concorrente, pelo quê? Talvez sexo. Sim. Sexo. O sexo pode ser a chave para tudo. Em algum lugar entre uma adenina e outra no nosso DNA existe uma mensagem dizendo que devemos ser vaidosos. TEMOS que invejar a grama do vizinho, temos que ter a melhor grama, o melhor carro, a conta-corrente mais gorda. Precisamos ter os corpos perfeitos, precisamos ficar magros a ponto de morrer. Precisamos ridicularizar os outros para sermos populares ou superiores, e ignorar a formação de monstros que se alimentarão de um plano vingativo e doente que encontrará satisfação no fim de vidas de circuntanciais inocentes.
Não acredita em mim? Você gosta de ser desmoralizado? Avacalhado? Humilhado? Não, né? Mas você gosta de ser elogiado? Gosta que elogiem seu trabalho? Gosta que digam como você está bonita, gostosa? Gosta, né? Quem não gosta? Boas notícias, você pode ser normal. É bom, né? A gente se sente bem, diferente de quando damos o nosso melhor e alguém desaprova. Guarde esta idéia. Já ouviu falar em feedback positivo? Positive reinforcement (não encontrei uma tradução adequada no momento que escrevia)? Bom, para quem não sabe, e sendo bastante simplista, é um termo na psicologia que se refere a qualquer coisa que quando adicionada a um sistema estimula determinado comportamento ou resposta. Ilustrando, já viu aquele treinamento dos cachorros que quando o animal acerta o exercício ele ganha um carinho e um biscoito do treinador? É isso. Também funciona com a gente. E o mais perverso é que somos pré-programados para isso. Nossos treinadores são os nossos neurônios que nos encharcam de neurotransmissores (dopamina!) que nos dopam, nos satisfazem. Agora junte essa informação com a satisfação de ser elogiado. Junte isso a todos os anos que você vem sendo treinado, seus pais, seus avós, tataravós, construindo um mundo, uma sociedade que se alimenta disso. Somos máquinas especializadas em procurar satisfação. O nosso ouro, o nosso petróleo é a satisfação. Somos os cãezinhos mais bem treinados do universo. E como isso aflora? Vaidade. Fomos feitos para sermos vaidosos. Ser vaidoso é o nosso sentar, rolar e fingir de morto. É o nosso mecanismo de procurar a recompensa, é o nosso truque.
Não precisa ter vergonha. Somos todos assim.
E o altruísmo? Quem disse isso? Será que os altruístas são altruístas mesmo? Altruísmo pode ser definido como um comportamento humano em que ações de um indíviduo favorecem um outro trazendo prejuízo para o próprio. Será? Às vezes onde vemos prejuízo outros enxergam lucro. E nessa vida, tudo se confunde, o certo, o errado, o bom, o ruim, tudo isso é relativo, mas no fim, seu biscoito está lá. Será que se existir mesmo o altruísmo, será que esse indivíduo não está com defeito? Ele é a exceção? Pode dizer. Se existe, não seria a exceção? E mesmo assim, é exemplo? Você vê muitos altruístas com muitos seguidores? Se fosse bom, não existiriam hordas de seguidores querendo ser como eles? Não se envergonhe. Somos normais.
Bom, era isso o que eu queria dividir. Para quem ainda tem essa visãozinho ridícula que o mundo é belo, que o importante é amar e ser feliz. Acorde! Ainda dá tempo. Somos um autômato com uma programação bem definida. Se você quer disfarçar a realidade, fique a vontade. Tenho certeza de que não terá problema em encontrar outros que vão querer viver a mesma ilusão que você.
Maldita pílula vermelha.
Veja que estou classificando como importante, não é o mais nobre, até porque teríamos que discutir nobreza, e acho que escorregaríamos para a lama improdutiva da subjetividade.
Enfim, já pensaram qual é o sentimento humano que faz girar todo esse mundo que conhecemos? Já ouviram falar de seleção natural? Espero que sim. Simplificando, a teoria da seleção natural diz que o mais adaptado prevalece. Por mais adaptado você pode entender várias coisas: o mais bonito, o mais forte, o mais rápido, o mais resistente. O sempre mais ou melhor. O mais rico. O mais influente. O mais poderoso. O mais, o mais, o mais, o mais... vaidoso.
Sim. Vamos lá. Deixem a máscara cair. Somos todos vaidosos. Os animais, inocentemente (ou talvez não), também são. Somos todos. Desde a lesma marinha até nós humanos. Precisamos ser os melhores, nos destacar, em alguma coisa, sobrepujar nosso concorrente, pelo quê? Talvez sexo. Sim. Sexo. O sexo pode ser a chave para tudo. Em algum lugar entre uma adenina e outra no nosso DNA existe uma mensagem dizendo que devemos ser vaidosos. TEMOS que invejar a grama do vizinho, temos que ter a melhor grama, o melhor carro, a conta-corrente mais gorda. Precisamos ter os corpos perfeitos, precisamos ficar magros a ponto de morrer. Precisamos ridicularizar os outros para sermos populares ou superiores, e ignorar a formação de monstros que se alimentarão de um plano vingativo e doente que encontrará satisfação no fim de vidas de circuntanciais inocentes.
Não acredita em mim? Você gosta de ser desmoralizado? Avacalhado? Humilhado? Não, né? Mas você gosta de ser elogiado? Gosta que elogiem seu trabalho? Gosta que digam como você está bonita, gostosa? Gosta, né? Quem não gosta? Boas notícias, você pode ser normal. É bom, né? A gente se sente bem, diferente de quando damos o nosso melhor e alguém desaprova. Guarde esta idéia. Já ouviu falar em feedback positivo? Positive reinforcement (não encontrei uma tradução adequada no momento que escrevia)? Bom, para quem não sabe, e sendo bastante simplista, é um termo na psicologia que se refere a qualquer coisa que quando adicionada a um sistema estimula determinado comportamento ou resposta. Ilustrando, já viu aquele treinamento dos cachorros que quando o animal acerta o exercício ele ganha um carinho e um biscoito do treinador? É isso. Também funciona com a gente. E o mais perverso é que somos pré-programados para isso. Nossos treinadores são os nossos neurônios que nos encharcam de neurotransmissores (dopamina!) que nos dopam, nos satisfazem. Agora junte essa informação com a satisfação de ser elogiado. Junte isso a todos os anos que você vem sendo treinado, seus pais, seus avós, tataravós, construindo um mundo, uma sociedade que se alimenta disso. Somos máquinas especializadas em procurar satisfação. O nosso ouro, o nosso petróleo é a satisfação. Somos os cãezinhos mais bem treinados do universo. E como isso aflora? Vaidade. Fomos feitos para sermos vaidosos. Ser vaidoso é o nosso sentar, rolar e fingir de morto. É o nosso mecanismo de procurar a recompensa, é o nosso truque.
Não precisa ter vergonha. Somos todos assim.
E o altruísmo? Quem disse isso? Será que os altruístas são altruístas mesmo? Altruísmo pode ser definido como um comportamento humano em que ações de um indíviduo favorecem um outro trazendo prejuízo para o próprio. Será? Às vezes onde vemos prejuízo outros enxergam lucro. E nessa vida, tudo se confunde, o certo, o errado, o bom, o ruim, tudo isso é relativo, mas no fim, seu biscoito está lá. Será que se existir mesmo o altruísmo, será que esse indivíduo não está com defeito? Ele é a exceção? Pode dizer. Se existe, não seria a exceção? E mesmo assim, é exemplo? Você vê muitos altruístas com muitos seguidores? Se fosse bom, não existiriam hordas de seguidores querendo ser como eles? Não se envergonhe. Somos normais.
Bom, era isso o que eu queria dividir. Para quem ainda tem essa visãozinho ridícula que o mundo é belo, que o importante é amar e ser feliz. Acorde! Ainda dá tempo. Somos um autômato com uma programação bem definida. Se você quer disfarçar a realidade, fique a vontade. Tenho certeza de que não terá problema em encontrar outros que vão querer viver a mesma ilusão que você.
Maldita pílula vermelha.